Com a crise, empresas diminuem plano de saúde dos trabalhadores

A crise econômica no país já afeta também os planos de saúde oferecidos pelas empresas aos seus funcionários.

Os diferentes setores do país têm tentado driblar como podem a crise econômica. A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que, em relação à oferta de seguro de saúde aos funcionários, três se intensificaram:

1) as empresas estão mudando de plano de saúde e procurando seguradoras com pacotes mais baratos;

2) as empresas estão introduzindo o modelo de coparticipação, ou seja, o funcionário paga uma parte da consulta;

3) as empresas estão diminuindo a rede de benefícios oferecida aos trabalhadoress, com hospitais de menor categoria, troca de internação individual por coletiva e redução de reembolso.

Segundo José Carlos Abrahão, diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), “o plano de saúde tem hoje um impacto muito forte na folha de pagamento. Em momentos de dificuldade econômica, os empresários passam a avaliar todas as rubricas”.

A reportagem destaca que o impacto dos seguros de saúde na folha de pagamento das empresas subiu de 10,38% em 2012 para 11,54% neste ano, de acordo com dados de uma pesquisa da consultoria especializada Mercer Marsh realizada com mais de 500 companhias.

Francisco Bruno, consultor senior da Mercer Marsh, explica que “isso acontece porque a inflação médica, que regula o aumento dos preços dos planos de saúde, é de 7 a 8 pontos percentuais acima da inflação de preços”.

A corretora Aon registrou, nestre ano, alta de 58% nas consultas de seus clientes em busca de mudanças. Rafaella Matioli, diretora técnica de saúde, esclarece que 22% decidiram trocar de operadora em 2015. Entre os motivos, a redução de custos foi o principal.

Ainda segundo a pesquisa, 17% alterou o valor de contribuição fixa por parte do funcionário. Isto é, o valor pago pelo empregado com desconto em folha de pagamento para custear o plano de assistência à saúde. Constatou-se que a crise aumentou a coparticipação nos benefícios de saúde.

A Folha refere também que, segundo o levantamento da Mercer Marsh, o número de empresas que cobram a participação dos funcionários no pagamento de consultas subiu de 44% em 2014 para 51% em 2015.

Um exemplo é o Grupo Fleury, que recentemente adotou o sistema de coparticipação de seus colaboradores para “manter o equilíbrio entre o custo do benefício e o seu uso consciente e sustentável”, destacou Eduardo Marques, diretor de pessoas do grupo.

Já a medida adotada pelo Senac São Paulo foi retirar hospitais de melhor categoria da rede de atendimento a funcionários e dependentes. No entanto, a Folha procurou os responsáveis para esclarecer o fato e o Senac nega que a razão tenha sido corte de custos.

Fonte: Site Economia ao Minuto

http://www.noticiasaominuto.com.br/economia/150631/com-a-crise-empresas-diminuem-plano-de-saude-dos-trabalhadores

Posted in Uncategorized.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *